" “Amor, não deixa impune. Vão ter muitos casos como o meu.” Marcelo do Couto Santos repetiu a frase diversas vezes para sua mulher antes de morrer, aos 49 anos. Por três décadas, ele trabalhou como técnico de operações num terminal da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em Cubatão, no litoral de São Paulo. A exposição frequente ao benzeno, um produto altamente tóxico, usado sobretudo nas indústrias petroquímica e siderúrgica, ocasionou os problemas de saúde que levaram o operário à morte, em 18 de setembro de 2017.
Para atender o desejo do marido, Josilene Gois dos Santos iniciou uma batalha na Justiça contra a Petrobras logo que ficou viúva. Ela reivindica uma indenização da estatal pelos danos causados a Marcelo, mas sabe que a disputa vai se arrastar por muito tempo. As audiências judiciais têm sido verdadeiras torturas. Numa das mais tensas, a advogada da Petrobras chegou a questionar o atestado de óbito do funcionário, em que a contaminação por benzeno aparece como causa da morte. “O juiz perguntou se a advogada entendia mais do assunto que o próprio médico. Na hora, comecei a chorar. Ela não conheceu o meu marido para falar um absurdo desses”, relembra Josilene."
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